sexta-feira, 8 de junho de 2012

Receita abade-de-priscos

Ingredientes
400 g de açúcar
50 g de toucinho fresco
15 gemas
5 dl de água
1 cálice de vinho do Porto
1 casca de limão
1 pau de canela
caramelo (200 g de açúcar)



Preparação:
Leva-se o açúcar ao lume com a água, a casca de limão, o pau de canela e o toucinho cortado em tirinhas fininhas. Deixa-se ferver até fazer ponto de fio (103ºC). Retira-se a calda do lume, deixa-se arrefecer e juntam-se as gemas misturadas com o vinho do Porto. Deita-se a massa numa forma de pudim com tampa, previamente barrada com caramelo. Leva-se a cozer em forno bem quente (250ºC), em banho Maria, durante cerca de 1 hora. Desenforma-se quase frio.


História abade-de-priscos

O Pudim Abade de Presos é um pudim típico de Braga, Portugal sendo uma das poucas receitas que o abade de Priscos transmitiu para o público.
O pudim ficou conhecido quando Pereira Júnior, director do Magistério Primário feminino de Braga no antigo Convento dos Congregados, pediu ao Abade de Priscos receitas para ensinar no magistério.

Receita pão-de-rala

Ingredientes

20 gemas
500 gramas de açúcar
3 dl de água
500 gramas de amêndoa pelada e ralada fina
raspa de 1 limão
1 chávena de (chá) de doce de chila
1 chávena de (chá) de fios de ovos
1 chávena de Chá) de ovos moles

Preparação

Leve ao lume o açúcar com os 3 dl de água e deixe fazer ponto de fio.
Junte a amêndoa ralada até obter um preparado espesso.
Retire do lume e junte as 20 gemas e a raspa do limão, mexendo muito bem.
Leve novamente a lume brando mexendo sempre para não queimar, e deixar espessar um pouco.
Retire do lume deixe arrefecer e estenda a massa de maneira a formar uma rodela, no meio da qual se colocam fios de ovos e gila previamente misturados com os ovos moles.
Puxa-se a massa de forma a cobrir o recheio e a dar a forma de pão ao preparado.
Leva-se a forno brando em tabuleiro untado e forrado com papel vegetal durante +- 30/35 minutos.
Retira-se do tabuleiro só depois de frio, e polvilha-se com açúcar em pó.

História pão-de-rala

         Pão de rala é uma sobremesa que faz parte da doçaria tradicional portuguesa, em especial na região do Alentejo. Pensa-se que seria confeccionada pelos frades e freiras conventuais que existiam por todo o Alentejo, antes da sua expulsão decretada em 1834 por Joaquim António de Aguiar. Daí esta doçaria ser chamada de doçaria conventual. Este pão de rala leva na sua massa muitos ovos (gemas), açúcar, raspa de limão, amêndoas piladas, gila ou chila.


Receita Sericaia

Ingredientes

Doze ovos
1l de leite
0,5 kg de açúcar
50 g de farinha
Uma casca de limão
Canela em pó
Sal
Boião de Ameixas de Elvas 


Preparação:
Ferve-se o leite com a casca do limão e um pouco de sal. Em seguida dissolve-se a farinha. Batem-se muito bem as gemas dos ovos com o açúcar, até ficarem em creme, e juntam-se ao leite. Leva-se ao lume para engrossar. Deixa-se arrefecer e juntam-se as claras, que foram batidas em Castelo. Num prato grande de barro, polvilha-se com muita canela e leva-se a cozer em forno forte. Dizem que um dos segredos é espalhar a massa na assadeira de barro à as colheres desencontradas (?).
Servir com Ameixa de Elvas e a respectiva calda.

História Sericaia

      O que é certo e que desde os tempos do crescimento de Portugal que a sericaia ou sericá era executada, com todo o esmero, por dois conventos alentejanos que diziam ter direitos de importação da receita. Um, o convento das Chagas de Vila Viçosa, outro, o convento das Clarissas de Elvas. Um convento entendeu chamar-lhe sericaia e o outro sericá. De uma forma ou outra, e só no Alentejo que este doce e feito em Portugal e, quando e bem feito, não importa como se chama.


Receita Filhós

Ingredientes

1 kg de abóbora-menina
1,25 kg de farinha de trigo
50 gr de fermento de padeiro
1 cálice de aguardente;
azeite (q.b.) para fritar
canela (q.b.)
açúcar (q.b.)



Preparação:

Descasque a abóbora, retire-lhe as sementes e corte-a em cubos regulares. Coloque a abóbora a cozer. Quando esta estiver cozida, retire-a da água, escorra-a muito bem e deixe-a arrefecer ligeiramente. Misture-a com a farinha num alguidar e amasse tudo muito bem em conjunto. Dilua o fermento num pouco de água da cozedura da abóbora. Junte o fermento diluído e a aguardente à massa, trabalhando-a muito bem. Depois de bem amassada, deixe levedar dentro do alguidar, tapada com um cobertor de lã em local morno e sem correntes de ar. Quando a massa estiver bem lêveda, coloque ao lume uma frigideira com azeite, o qual deve ficar bem quente, e comece a fritar, deitando a massa com a ajuda de duas colheres. Depois de fritas, passe as filhós por uma mistura de canela e açúcar.

Nota: Também se pode regar as filhós com mel, depois de fritas, em vez de as envolver na mistura de canela e açúcar.

História Filhós

Hoje esta iguaria é um artigo banal em qualquer pastelaria, mas há 50 anos era difícil de fazer. Pouco se sabe sobre como surgiu este doce, mas todos concordam que, antigamente no mundo rural, para quem lavrava a terra que nem lhe pertencia, era muito difícil conseguir o azeite e a farinha com os quais preparavam as filhoses. No passado, era normal as pessoas amealharem azeitonas dos olivais sem guarda ou de oliveiras de caminhos públicos, a partir de Novembro, quando a azeitona ficava mais madura. Quando juntavam uns 100 ou 150 quilos ião ao lagar trocar por azeite, em que seriam fritas as filhoses. A farinha era obtida de forma semelhante. No Verão, depois da ceifa, ião ao restolho apanhar as espigas que eram desperdiçadas e cujo grão acabava por ser trocado por farinha na moagem.


Receita de ovos-moles

Ingredientes

 8 gemas de ovos ;
300 g de açúcar ;
60 g de farinha de arroz

Preparação

Leva-se o açúcar ao lume com um copo de água e deixa-se ferver até fazer ponto de espadana (117º C).
Entretanto, dissolve-se a farinha de arroz em 1,5 dl de água fria. Adiciona-se o açúcar a esta solução e leva-se a mistura a cozer durante 5 minutos.
Retira-se a mistura do lume, deixa-se arrefecer um pouco e junta-se uma pequena porção deste preparado morno ás gemas. Misturam-se os dois elementos e leva-se tudo novamente ao lume para cozer as gemas e engrossar, até os ovos-moles terem a espessura desejada.
Servem para rechear moldes de hóstia ou encher barricas de madeira.
  Antigamente, por uma questão de poupança, juntava-se aos ovos-moles   arroz cozido ou farinha de arroz. Essa prática é ainda hoje frequente, embora negada por todos os fabricantes de ovos-moles de Aveiro. Há também quem utilize a água de cozer o arroz sem ser lavado.

História do ovos-moles

Ovos-moles de Aveiro IGP são um doce típico da cidade de Aveiro.
Trata-se de um doce regional, tradicional da pastelaria aveirense, cuja fórmula e método de produção original se deve às freiras dos vários conventos aqui existentes até ao século XIX - dominicanas, franciscanas a carmelitas. As religiosas utilizavam a clara de ovos para engomar os hábitos, enquanto que as gemas, para que não fossem desperdiçadas, se constituíram na base para a feitura do doce. Extintos os conventos, o fabrico dos ovos moles manteve-se, graças a senhoras educadas pelas referidas freiras. Desde o início da linha de caminho de ferro Porto-Lisboa que é tradicional a sua venda durante a paragem dos comboios na estação de Aveiro, feita por mulheres usando trajes regionais.
A «massa de doce de ovos» é comercializada em barricas de madeira pintadas exteriormente com barcos moliceiros e outros motivos da Ria de Aveiro. Também se apresenta em tacinhas de cerâmica e ainda envolvida em hóstia (massa especial de farinha de trigo), moldada nas mais diversas formas de elementos marinhos, como amêijoas, peixes, bateiras, conchas e búzios, que podem ser passados por uma calda de açúcar para os tornar opacos e dar mais consistência.

Receita de papo-de-anjo

Ingredientes:
9 gemas de ovos
1 ovo
Calda para demolhar os Papos de Anjo:
600grs de açúcar
500grs de água (5dl)
1 pau de canela
casca de 1 limão (ou um pouco de rum)

Nota: Deixar ferver +-4 minutos
( Esta calda deve ser feita com antecedência)


Preparação:  
Bater as gemas e o ovo até triplicarem de volume. Encher em formas tipo queque untadas com margarina e polvilhadas com farinha, encher até meio da forma.
Coser á temperatura de +- 230º cerca de 15-18 minutos.
Desenformar os papos de anjo depois de cozidos picar-lhe a base com um garfo e mergulha-los na calda ainda quente, guarde a restante calda para regar os papos na altura de servir.
Servir em taça frios
.

História Papo-de-anjo

O Papo-de-Anjo é um doce típico português, assim como a mioria dos doces a base de ovos, especificamente da gema. Entre os séculos 18 e 19, Portugal era o principal produtor de ovos da Europa (possivelmente do mundo). A maior parte de sua produção tinha destino certo: fornecer clara para utilização na actividade manufatureira. A clara era usada como purificador na fabricação de vinho branco.


Receita do arroz doce

      Ingredientes

 250 gr de arroz
         7,5 dl de leite
 250 gr de açúcar
 3 gemas de ovos
        Casca de limão q.b.
 1 pedacinho de canela em pau
 Canela em pó
   sal q.b.

Preparação

Leva-se o leite ao lume num tacho.
Quando começar a ferver junta-se o açúcar,
o arroz, o sal, a casca de limão e o pauzinho de canela.
Assim que o arroz estiver cozido, retira-se do lume e deixa-se arrefecer um pouco.
Batem-se as gemas à parte, juntam-se em seguida ao arroz, mexe-se muito bem e leva-se a lume brando para cozer as gemas.
Serve-se em travessas ou pratinhos com canela em pó
.

História do arroz doce


     Arroz-doce, de origem turca ou árabe, também chamado arroz ao leite, é muito popular em Portugal, em São Tomé e Príncipe e no Brasil, mas conhecido e consumido no mundo inteiro, inclusive nos Estados Unidos.